quarta-feira, 19 de agosto de 2009

VI Encontro

VI - ENCONTRO DOS PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA
GESTAR II

O encontro foi iniciado com a leitura do texto "A AULA" no data show.


A AULA

Relata a srª Thompson, que no seu primeiro dia de aula parou em frente aos seus alunos da 5ª série primária e, como todos os demais professores, lhes disse que gostava de todos por igual. No entanto, ela sabia que isso era quase impossível já que na primeira fila estava sentado, um pequeno garoto chamado Teddy. A professora havia observado que ele não se dava bem com os colegas de classe e muitas vezes suas roupas estavam sujas e cheiravam mal. Houve até momentos em que ela sentia prazer em lhe dar notas baixas ao corrigir suas provas e trabalhos.
Ao iniciar o ano letivo, era solicitado a cada professor que lesse com atenção a ficha escolar dos alunos, para tomar conhecimento das anotações feitas em cada ano. A Srª Thompson deixou a ficha de Teddy por último. Mas quando a leu foi grande a sua surpresa.
A profesora do 1º ano escolar havia anotado o seguinte: Teddy é um menino brilhante e simpático. Seus trabalhos sempre estão em ordem e muito nítidos. Tem bons modos e é muito agradável estar perto dele.
A professora do 2º ano escreveu: Teddy é um aluno excelente e muito querido por seus colegas, mas tem estado preocupado com sua mãe que está com uma doença grave e desenganada pelos médicos. A vida em seu lar deve estar sendo muito difícil.
Da professora do 3º ano constava a anotação seguinte: “A morte de sua mãe foi um golpe muito duro para Teddy.” Ele procura fazer o melhor, mas seu pai não tem nenhum interesse e logo sua vida será prejudicada se ninguém tomar providências para ajudá-lo.
A professora do 4º ano escreveu: Teddy anda muito distraído e não mostra interesse algum pelos estudos. Tem poucos amigos e muitas vezes dorme na sala de aula.
A srª Thompsom se deu conta do problema e ficou terrivelmente envergonhada. Sentiu-se ainda pior quando lembrou dos presentes de Natal que os alunos lhe haviam dado, envoltos em papéis coloridos, exceto o de Teddy, que estava enrolado num papel marrom de supermercado. Lembra-se de que abriu o pacote com tristeza, enquanto os outros garotos riam ao ver uma pulseira faltando algumas pedras e um vidro de perfume pela metade .Apesar das piadas ela disse que o presente era precioso e pôs a pulseira no braço e um pouco de perfume sobre a mão. Naquele dia Teddy ficou um pouco mais tempo na escola do que o costume. Lembrou-se ainda, que Teddy lhe disse que ela estava cheirosa como sua mãe.
Naquele dia, depois que todos se foram, a professora Thompson chorou por longo tempo.. Em seguida, decidiu-se a mudar sua maneira de ensinar e passou a dar mais atenção aos seus alunos, especialmente a Teddy. Com o passar do tempo ela notou que o garoto só melhorava. E quanto mais ela lhe dava carinho e atenção, mais ele se animava. Ao finalizar o ano letivo, Teddy saiu como o melhor da classe. Um ano mais tarde a Srª Thompson recebeu uma notícia em que Teddy lhe dizia que ela era a melhor professora que teve na vida. Seis anos depois, recebeu outra carta de Teddy contando que havia concluído o segundo grau e que ela continuava sendo a melhor professora que tivera.
As notícias se repetiam até que um dia ela recebeu uma carta assinada pelo Dr. Theodore Stoddard, seu antigo aluno, mais conhecido como Teddy.
Um dia a Srª Thompson recebeu outra carta, em que Teddy a convidava para seu casamento e noticiava a morte de seu pai. Ela aceitou o convite e o dia do casamento estava usando a pulseira que ganhou de Teddy anos antes, e também o perfume.
Quando os dois se encontraram, abraçaram-se por longo tempo e Teddy lhe disse ao ouvido: - Obrigado por acreditar em mim e me fazer sentir importante, demonstrando-me que posso fazer a diferença. Mas ela, com os olhos banhados em pranto sussurrou baixinho: - Você está enganado! Foi você que me ensinou que eu podia fazer a diferença , afinal eu não sabia ensinar até que o conheci.
Aí está amigos o valor da atenção.... o quanto é importante darmos um pouco mais de atenção as pessoas a quem amamos ou que se encontram do nosso lado, sem no entanto, esquecer do outro... A atenção, carinho e cuidado devem ser somados e nunca dividido.
É preciso ouvir os apelos silenciosos que ecoam na alma da pessoa.

Autor desconhecido




Comentamos o texto, enfatizando a importância de se conhecer a realidade do nosso aluno.
A seguir os professores responderam a um questionário a fim de refletir sobre suas ações, realizando assim uma auto-análise de seu modo de ser.
Alguns comentaram suas respostas e as justificaram.

Em seguida, lemos o texto da página 76 e 77 do TP4 – “Nossas Cidades”, e fizemos um comparativo com a nossa cidade.

Analisamos a atividade da página 97 a ser realizada com os alunos – "Cidadezinha Qualquer”.

Foi dado enfoque aos sinais de trânsito, como também a outras placas, como um alerta à população quanto ao uso de drogas e acidentes causados no trânsito.. Os alunos construiriam estas placas nas aulas. Esta produção de placas seria utilizada no desfile do Colono e Motorista.

Lemos e refletimos sobre o texto da Ruth Rocha “Admirável Mundo Louco”. Os professores analisaram a atividade da página 124 e 130 e iriam aplicar com os alunos.
Ainda enfocamos o resumo de texto, da página 138.
Uma professora comentou a experiência dos alunos em ser professor por um dia e os demais combinaram em realizar a atividade com seus alunos.

Concurso de poesia



Depoimento sobre minha experiência de leitura

Nasci numa família extremamente humilde. Meus pais foram pequenos agricultores, possuíam poucos hectares de terra e de difícil manuseio, por ser muito íngreme. Como a maioria das famílias da época, tiveram vários filhos para sustentar. Apesar da simplicidade, tive uma infância no meio rural muito feliz. Até os seis anos e oito meses nunca tive acesso a nenhum livro. Mas a minha mãe, uma verdadeira heroína, ensinou aos seus cinco filhos que poderiam conquistar um espaço promissor na sociedade, se valorizassem o estudo; que estudar era conquistar um verdadeiro tesouro. Por isso, quando eu cheguei à pequena escola, com apenas duas salas de aula, ensino “primário”, localizada no interior de Vera Cruz, eu estava me sentindo plenamente realizada. Quando a minha querida, incansável e inesquecível professora anunciou que receberíamos um livro “ A Cartilha Mimi”, lembro-me com lágrimas nos olhos, tenho presente meus olhinhos arregalados, vejo-me sentada no banco que dividia com uma colega, esperando receber meu livro. Até então, enchíamos linhas com traços, círculos, números e letras. Nos finais de semana, quando eu ia na missa, ficava observando o padre durante a celebração religiosa e imaginava o que havia tudo escrito dentro daquele livro que ele ficava lendo em determinado momento da missa, a Bíblia. Eu estava me sentindo como o padre da minha localidade, cujo nome não lembro, quando coloquei as mãos naquela cartilha. Folheava-a com todo o cuidado e imaginava as histórias da bela macaquinha Mimi. Decorei logo todas as histórias da cartilha, pois à noite eu pedia para minha mãe ler as histórias para mim. Eu sabia que o tempo dela era limitado, pois além de cansada dos afazeres da lavoura, ainda tinha que realizar as tarefas da casa. Por isso eu prestava muita atenção e decorava as histórias que ela lia. Logo após, me alfabetizei. Livros infantis não existiam na escola e até a terceira série era o único livro que eu tinha acesso e a mesma professora. Ela contava histórias fantásticas de contos de fada e bíblicas, fazendo-nos viajar em outros tempos e espaços com suas maravilhosas histórias. Nas 5ª e 6ª séries, estudei numa escola ainda na zona rural, onde havia uma pequena biblioteca com alguns livros. Eventualmente eu podia ler um daqueles livros, pois não havia o suficiente para todos os alunos.Eu me identificava com os personagens ou então, eu fantasiava ser um daqueles personagens Achava isso o máximo. Já na 7ª série fui estudar numa escola urbana, com uma biblioteca enorme, uma bibliotecária e inúmeros livros. Lembro-me que eu viajei para muitos lugares desconhecidos, vivi e amei muitos personagens, realizei muitos sonhos, tive muitas possibilidades através da leitura dos livros. Continuei lendo muito durante toda a passagem do ensino médio.Os livros clássicos eu li praticamente todos, durante o “2º grau”.Eu tive um verdadeiro fascínio pela leitura. Quando iniciei o curso de LETRAS muitas leituras foram exigidas, com rígidas cobranças por parte dos professores. Muitas vezes, leituras com as quais eu não me identificava.E sem perceber, aquelas leituras já não eram mais aquele encantamento, que me deixava presa para saber o final do livro, já não ficava mais até altas horas da noite lendo e muitas vezes, sofrendo com os personagens. Agora eu ficava acordada e lendo por obrigação, as palavras pareciam infinitas letras, sem muito significado. Fui perdendo um pouco o gosto pela leitura. O que ainda agravou o fato na época foi quando um professor solicitou a leitura do livro Noite de Érico Veríssimo para uma discussão sobre o referido livro.Como eu não havia participado muito da discussão o professor achou que eu não tivesse realizado a leitura. Lembro-me que eu lia de forma muito tediosa e superficial o que os professores solicitavam, porém, leitura prazerosa, que dirigia meu pensamento, era aquela escolhida por mim. Por isso eu tenho plena convicção que a leitura nunca deve ser imposta aos alunos, para não se tornar um cenário de intermináveis letras mas sim, deve ser escolhida pelo aluno, com a qual ele se identifica, e assim estaremos resgatando e formando leitores com gosto e vontade de ler.


quarta-feira, 5 de agosto de 2009


Fotos reportagem desfile dia 26.07.09
Gênero: placas. Material produzido pelos alunos referente a meios de transporte e um alerta contra drogas.